quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Definição de Leucemia

 Leucemias são doenças malignas que acometem os leucócitos, os glóbulos brancos do sangue presentes nos gânglios linfáticos e na corrente sanguínea.
Assim como os glóbulos vermelhos (cuja função é transportar oxigênio para órgãos e tecidos) e as plaquetas (células responsáveis pela coagulação), os leucócitos são fabricados dentro da medula óssea a partir de uma célula-tronco e são responsáveis por grande parte do nosso sistema imunológico.
Nas leucemias, além de perder a função de defesa do organismo, os glóbulos brancos doentes produzidos descontroladamente reduzem o espaço na medula óssea para a fabricação das outras células que compõem o sangue e elas caem na corrente sanguínea antes de estarem preparadas para exercer suas funções.

Tipos de Leucemia


Não se conhece a causa da maioria das leucemias, que podem ser classificadas de acordo com a evolução e o tipo de defeito dos glóbulos brancos:
Quanto à evolução:
a) Leucemia aguda – quando as células malignas se encontram numa fase muito imatura e se multiplicam rapidamente, causando uma enfermidade agressiva;
b) Leucemia crônica – quando a transformação maligna ocorre em
células-tronco mais maduras. Nesse caso, a doença costuma evoluir
mais lentamente, com complicações que podem levar meses ou anos para ocorrer.
Quanto aos glóbulos brancos afetados: 
a) Leucemia mieloide, linfocítica ou linfoblástica – afeta as células linfóides; é mais frequente em crianças;
b) Leucemia linfoide ou mieloblástica – afeta as células mieloides; é mais comum em adultos.

LEUCEMIA


A leucemia é uma forma de cancro que afeta os glóbulos brancos do sangue.
Este tipo de cancro é caracterizado por uma produção descontrolada de leucócitos (glóbulos brancos), que é causada por mutação cancerosa de células mielogénica ou linfogénica. O que acontece é que essa produção elevada de leucócitos anormais diminui progressivamente a produção de células normais, dando lugar ao aparecimento de anemia, infecções e hemorragias, que se não forem tratadas a tempo, em poucos meses ou mesmo semanas levam á morte do doente.
A leucemia é a doença maligna mais comum na infância, correspondendo aproximadamente a 30% dos casos de câncer da criança.



Em crianças e adolescentes saudáveis, existem células-tronco hematopoéticas suficientes para que haja uma produção contínua das células sangüíneas. Quando as células estão completamente maduras (com capacidade de funcionamento), elas deixam a medula óssea e migram para o sangue, onde realizam suas funções.
A leucemia provoca efeitos no organismo, nomeadamente:
_O funcionamento da medula óssea saudável torna-se cada vez mais difícil.
_As células leucémicas da medula óssea por sua vez, podem reproduzir-se com tanta intensidade a ponto de invadir o osso circundante, causando dor e, por fim, tendência a fracturas fáceis.
_Quase sempre as leucemias disseminam-se para o baço, fígado, e outras regiões especialmente vascularizadas.
_Causa ainda, a destruição das células em cada uma dessas áreas.
                                     
TIPOS:
Existem vários tipos de leucemia, caracterizadas pelo tipo de célula afetada, mas há dois tipos principais de leucemia: leucemia mielóide e leucemia linfática. Qualquer uma delas pode ser aguda ou crônica. A do tipo agudo provoca a morte em poucas semanas, sendo esta a mais típica em crianças. Dentro da leucemia, a leucemia linfática aguda é mais freqüente nas crianças e nos jovens (entre os 2 e os 5 anos, e geralmente é mais frequente no sexo masculino).
A leucemia mielóide é muito rara, atingindo na maioria indivíduos com mais de 60 anos.

As leucemias ocupam a maior zona do gráfico sendo que as leucemias linfáticas agudas (LLA)representam 70% das leucemias, seguidas das leucemias mielóide agudas(LMA) 23%, e ainda um pequeno grupo de outras leucemias (7%).Quando a criança tem leucemia, as primeiras queixas são semelhantes ás observadas noutras doenças. A criança pode começar por ter apenas cansaço fácil, falta de apetite ou febre. Estes sintomas, porém, são muito frequentes em muitas doenças das crianças. Contudo, existem um grupo de sintomas que podem levar a um alerta, e para um diagnóstico precoce da leucemia.









Curiosidades sobre o Câncer Infantil

  • O  câncer é a segunda maior causa de mortalidade infantil no Brasil. 
  •  Considerando que todos os órgãos do corpo estão formados por tecidos, que os tecidos se compõem de conjuntos de células, e que as células são as responsáveis pelo crescimento, evolução, e a renovação dos órgãos e tecidos, é necessário saber que quando existe uma alteração em uma célula, ou que essa tenha cumprido seu objetivo e respondido à demanda de órgãos e tecidos, e morre, se a célula sobreviver, originará células iguais a ela, distintas das normais, e, escapando aos mecanismos normais de controle, se proliferará originando um conjunto de células doentes e anormais que se localizará em um tecido ou órgão, podendo viajar pelo sangue a outros órgãos ou tecidos, causando tumores de muitos tipos e em localizações muito diferentes.


  •  O câncer no Brasil atinge, entre 12 e 13 mil crianças, anualmente.


  •  Diferentemente do câncer de adulto, o câncer da criança geralmente afeta as células do sistema sangüíneo e os tecidos de sustentação.


  •  A leucemia é o câncer que mais ocorre na infância. Existem vários tipos. Os mais frequentes são as leucemias linfoblásticas agudas, e podem acometer crianaçs com idades compreendidas entre 2 e 8 anos.



Fonte: http://br.guiainfantil.com/cancer-infantil.html

SINTOMAS

     Os principais sintomas associados a este tipo de leucemia são vários como :
  • Perda de peso e febre.
  • Uma contagem baixa de glóbulos brancos – leucopenia, e de granulócitos maduros – neutropénia ou granulocitopenia, aumenta o risco de infecções (especialmente da boca e da garganta).
  • Uma contagem baixa de glóbulos vermelhos – anemia, causa palidez, 
  • Cansaço              
  • Falta de ar e palpitações cardíacas.
  • Uma contagem baixa de plaquetas – trombocitopenia, provoca maior tendência para equimoses e hemorragias, úlceras do lábio e da boca.

   Alguns doentes sofrem de dores nos ossos e articulações. A LMA pode também causar o aumento do fígado e baço, dois órgãos localizados respectivamente do lado esquerdo e lado direito do abdómen. Este facto pode ser notado por um inchaço ou aumento da barriga e conseguem ser detectados por apalpação.
    A doença ocorre muitas vezes subitamente, com agravamento progressivo dos sintomas por um período de uma ou duas semanas; com menor frequência, estes sintomas vão aparecendo gradualmente durante dois ou três meses. Eventualmente, os idosos apresentam uma leucemia «arrastada», com início muito gradual da doença.


DIAGNÓSTICO

Para diagnosticar a doença, as células sanguíneas e da medula devem ser examinadas.          
O exame por coloração das células sanguíneas e sua visualização através de um microscópio, normalmente irá mostrar a presença de linfoblastos. Por essa razão, é mandatório o exame da medula óssea (mielograma) para se estabelecer o diagnóstico definitivo de leucemia. 
O aspirado de medula óssea em geral fornece material diagnóstico suficiente, mas em alguns pacientes pode ser necessária uma biópsia da medula. Embora a presença de mais de 5% de linfoblastos indique leucemia, a maioria dos laboratórios requer um mínimo de 25% de células blásticas leucêmicas no aspirado para confirmar o diagnóstico. 
As células sanguíneas e/ou da medula óssea também são utilizadas para determinar o sub-tipo de leucemia com a realização de exame citogenético (ou cariótipo) e imunofenotipagem e quando necessário, para outras investigações especiais.




TRATAMENTO

Curam-se hoje em dia, com sucesso, 60% das crianças com leucemia, e cerca de 30% dos adultos com esta doença.


QUIMIOTERAPIA
     Consiste no uso de medicamentos para eliminar as células cancerosas. A quimioterapia pode tomar-se de forma oral, ou pode administrar-se no corpo por injecção intravenosa, ou músculo. Considera-se um tratamento sistémico uma vez que o medicamento se introduz na corrente sanguínea de forma a eliminar células cancerosas por todo o corpo. 
    A quimioterapia é feita em várias fases. A primeira, chamada indução, tem a finalidade de atingir a remissão completa, ou um estado de aparente normalidade que se obtém após a poliquimioterapia (associação de várias drogas citotóxicas), uma vez que o principal objectivo consiste na destruição da maior quantidade possível de células leucémicas. Esse resultado é conseguido quando os exames os exames de medula óssea e sangue não evidenciam mais células da doença. Depois da remissão completa, é necessária uma pós-indução que elimina células não detectáveis pelos métodos disponíveis.
     Nas fases seguintes, o tratamento também varia de acordo com o tipo de leucemia (linfóide ou mielóide), podendo durar mais de dois anos nas linfóides e menos de um ano nas mielóides.
    São três as etapas nesta fase do tratamento: consolidação (tratamento intensivo com substâncias não empregadas anteriormente); reindução (repetição dos medicamentos usados na fase de indução da remissão) e manutenção (o tratamento é mais brando e contínuo por vários meses). Com o fim de manter a remissão e curar o paciente, deverá continuar-se a medicação durante três anos ininterruptos, a partir do momento em que se inicia o controle das células da medula óssea. Durante as diferentes etapas da quimioterapia, é necessária a realização de exames de sangue e da medula óssea, de forma a se conhecer a evolução da doença e ajustar as doses dos medicamentos.

RADIOTERAPIA

     Utiliza radiação de alta energia para matar células cancerosas. Feixes exteriores de radiação, emitidos por uma máquina, são direccionados para o local a tratar. No caso das leucemias, a radioterapia é normalmente utilizada antes de um transplante de medula ou transplante de células estaminais na corrente sanguínea.

TERAPIA BIOLÓGICA
    É uma outra forma de tratamento para a LMA, em que se pretende estimular ou restaurar a capacidade do sistema imunológico do paciente para combater o cancro. Nesta terapia usam-se substâncias produzidas pelo próprio corpo do paciente ou que são criadas em laboratório para reforçar, dirigir ou restaurar as defesas naturais do corpo contra a doença. A terapia biológica denomina-se por vezes de terapia modificadora da resposta biológica ou imunoterapia.